SARA
DOMINGOS
Jornal de Letras
"Olhares" por Rocha de Sousa 26 Dez. 2012 a 5 Jan. 2013, pág.22
«...É curial, em todo o caso, considerar que esta pintura de Sara Domingos é contaminada por dois princípios que a modernidade consagrou: o da representação e o da desconstrução... Só que o ver se insere (também e sobretudo) numa outra dinâmica, a biológica, e abre ao ser humano uma mobilidade visual altamente escrutinadora do visível, das sua faces, das suas implantações, dos seus encobrimentos. E é nessa medida que o observador pode dar nomes ao lado caótico da pintura de Sara Domingos, a sua paralela arrumação, quer em termos de abstração impura, quer em termos da revisão figurada de certas partes no ruído das directrizes oblíquas da desconstrução... Tudo viaja em diferentes direcções e tudo se recompõem enquanto exercício plástico de composição, beneficiando, não do fogo das grandes catástrofes mas da harmonia cromática baseada em baixa matriz cromática, duas ou três cores e outras tantas tonalidades. E assim acontece a eficácia da soma das destruições (fragmentos) e a força de uma expressão poética...»
Jornal de Letras
"Olhares" por Rocha de Sousa 20 Abr. a 3 Mai. 2011, pág.20
«...A pintura de Sara ligada à desconstrução pictórica que tornou a abstracção um pensamento plástico mais ligado à essência da forma, à sua improcedência, às latitudes desfocadas do absurdo. Pelo combate ou pelo grito, pelo gesto ou pela urgência. Algo explode no espaço, apontando para uma escala de enorme grandeza...»